Peso específico (Kg/m3) = peso da amostra (Kg)
volume do
recipiente (m3)
O peso específico dos RSU depende principalmente da composição gravimétrica, da distribuição granulométrica e do grau de compactação;
Nos aterros sanitários, a espessura da camada de cobertura também influencia a densidade dos RSU, pois se trata da aplicação de uma sobrecarga;
A variação espacial do peso específico no maciço de um aterro sanitário é expressiva, devido a heterogeneidade da composição, da saturação e do grau de degradação;
Há uma tendência de aumento do peso específico em função da profundidade, em razão da compressão sob o peso das camadas sobrejacentes;
Não há ensaios normalizados para a determinação do peso específico;
Em média, observa-se que o peso específico dos resíduos soltos é de aproximadamente 250 Kg/m3;
- TEOR DE UMIDADE
Representa a quantidade de água presente no lixo, medida em percentual de seu peso;
A umidade é a relação entre o peso da água e o peso dos sólidos.
Esta característica tem influência decisiva, principalmente nos processos de tratamento e destinação do lixo;
Varia muito em função das estações do ano e da incidência de chuvas;
A existência de um teor de umidade adequado nos resíduos é essencial para a atividade biológica de degradação;
O teor de umidade interfere também na geração de lixiviado, uma vez que este é a soma do teor de umidade natural dos resíduos com a umidade devida à infiltração e absorção da água de chuva;
- COMPRESSIVIDADE
É o grau de compactação ou a redução do volume que uma massa de lixo pode sofrer quando compactada;
A compressividade ou grau de compactação indica a redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada;
A compressividade do lixo situa-se entre 1:3 e 1:4 para uma pressão equivalente a 4 kg/cm2;
O peso específico de resíduos compactados por um trator de esteira com peso operacional maior que 15 toneladas varia entre 700 e 1000 Kg/m3;
- DENSIDADE
Relação entre massa e volume ocupado pelos resíduos;
Importante parâmetro para o estudo do acondicionamento, coleta - transporte dos resíduos, dimensionamento;
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS RESÍDUOS
A composição química dos resíduos sólidos está relacionada principalmente a componentes orgânicos como carbono, nitrogênio, fósforo e potássio, além dos metais;
Consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras;
- POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)
Indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos;
Início da partida do processo de decomposição;
- PODER CALORÍFICO
Indica a capacidade potencial de um material desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima;
Expresso pelo poder calorífico superior ou inferior (PCS ou PCI). Demonstra aptidão de um material à combustão;
- TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS FIXOS E VOLÁTEIS
Permite avaliar a eficiência do processo de degradação;
Carbono, nitrogênio e nutrientes (enxofre e potássio)
Avaliação do substrato para atividade biológica de degradação;
Indica o grau de decomposição da matéria orgânica do lixo nos processos de tratamento/disposição final;
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS
• Os aspectos microbiológicos estão relacionados à fração orgânica dos resíduos;
• Os resíduos orgânicos podem ser metabolizados por vários microorganismos decompositores, como fungos e bactérias, aeróbios e/ou anaeróbios, cujo desenvolvimento dependerá das condições ambientais existentes;
• Além desses, os resíduos podem apresentar microorganismos patogênicos (vermes, bactérias, vírus e protozoários) que causam agravos à saúde humana.
• Ao lado das suas características químicas, permitem que sejam selecionados os métodos de tratamento e disposição final mais adequados;
- PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO DE RSU
O processo de degradação dos compostos orgânicos e inorgânicos é um fenômeno constituído essencialmente pela superposição de mecanismos físico-químicos, catalisados pelo fator água, presente nos resíduos pela umidade inicial e pelas precipitações;
Os elementos minerais presentes na composição dos resíduos sólidos urbanos são objeto de processos físico-químicos de dissolução;
Além dos processos físico-químicos, podemos destacar os mecanismos biológicos de degradação dos RSU nos aterros sanitários, implementados a partir da presença de microorganismos que oxidam substratos orgânicos para suas necessidades energéticas;
Metabolismo aeróbio:
o Os microorganismos (bactérias, leveduras e fungos) se desenvolvem em presença de oxigênio;
Metabolismo anaeróbio:
o Os microorganismos (bactérias) se desenvolvem na ausência de oxigênio podendo, entretanto, ser tolerados (anaeróbios facultativos) ou não (anaeróbios estritos);
Degradação aeróbia:
Catálise
Matéria Orgânica + O2 CO2 + H2O + Energia
Enzimática
o A energia liberada é utilizada para síntese de novas células quando da multiplicação de microorganismos presentes;
Matéria Orgânica + Células Novas Células + CO2 + Energia
o Uma sucessão de reações conduzem, a partir de substratos inicialmente presentes, à liberação de uma série de metabólitos intermediários;
o Produtos intermediários do processo de degradação de RSU:
Fonte: www.finep.gov.br/Prosab/livros
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