quarta-feira, 2 de março de 2011

- PESO ESPECÍFICO DOS RESÍDUOS

O peso específico dos resíduos é o peso dos resíduos em função do volume por eles ocupados;



Peso específico (Kg/m3) = peso da amostra (Kg)

volume do

recipiente (m3)



 O peso específico dos RSU depende principalmente da composição gravimétrica, da distribuição granulométrica e do grau de compactação;

 Nos aterros sanitários, a espessura da camada de cobertura também influencia a densidade dos RSU, pois se trata da aplicação de uma sobrecarga;

 A variação espacial do peso específico no maciço de um aterro sanitário é expressiva, devido a heterogeneidade da composição, da saturação e do grau de degradação;

 Há uma tendência de aumento do peso específico em função da profundidade, em razão da compressão sob o peso das camadas sobrejacentes;

 Não há ensaios normalizados para a determinação do peso específico;

 Em média, observa-se que o peso específico dos resíduos soltos é de aproximadamente 250 Kg/m3;


- TEOR DE UMIDADE


 Representa a quantidade de água presente no lixo, medida em percentual de seu peso;

 A umidade é a relação entre o peso da água e o peso dos sólidos.

 Esta característica tem influência decisiva, principalmente nos processos de tratamento e destinação do lixo;

 Varia muito em função das estações do ano e da incidência de chuvas;

 A existência de um teor de umidade adequado nos resíduos é essencial para a atividade biológica de degradação;

 O teor de umidade interfere também na geração de lixiviado, uma vez que este é a soma do teor de umidade natural dos resíduos com a umidade devida à infiltração e absorção da água de chuva;



- COMPRESSIVIDADE

 É o grau de compactação ou a redução do volume que uma massa de lixo pode sofrer quando compactada;

 A compressividade ou grau de compactação indica a redução de volume que uma massa de lixo pode sofrer, quando submetida a uma pressão determinada;

 A compressividade do lixo situa-se entre 1:3 e 1:4 para uma pressão equivalente a 4 kg/cm2;

 O peso específico de resíduos compactados por um trator de esteira com peso operacional maior que 15 toneladas varia entre 700 e 1000 Kg/m3;


- DENSIDADE
 Relação entre massa e volume ocupado pelos resíduos;

 Importante parâmetro para o estudo do acondicionamento, coleta - transporte dos resíduos, dimensionamento;



 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS RESÍDUOS

 A composição química dos resíduos sólidos está relacionada principalmente a componentes orgânicos como carbono, nitrogênio, fósforo e potássio, além dos metais;

 Consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras;



- POTENCIAL HIDROGENIÔNICO (pH)
 Indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos;

 Início da partida do processo de decomposição;



- PODER CALORÍFICO

 Indica a capacidade potencial de um material desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima;

 Expresso pelo poder calorífico superior ou inferior (PCS ou PCI). Demonstra aptidão de um material à combustão;



- TEOR DE SÓLIDOS TOTAIS FIXOS E VOLÁTEIS

 Permite avaliar a eficiência do processo de degradação;

 Carbono, nitrogênio e nutrientes (enxofre e potássio)

 Avaliação do substrato para atividade biológica de degradação;

 Indica o grau de decomposição da matéria orgânica do lixo nos processos de tratamento/disposição final;



CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

• Os aspectos microbiológicos estão relacionados à fração orgânica dos resíduos;

• Os resíduos orgânicos podem ser metabolizados por vários microorganismos decompositores, como fungos e bactérias, aeróbios e/ou anaeróbios, cujo desenvolvimento dependerá das condições ambientais existentes;

• Além desses, os resíduos podem apresentar microorganismos patogênicos (vermes, bactérias, vírus e protozoários) que causam agravos à saúde humana.

• Ao lado das suas características químicas, permitem que sejam selecionados os métodos de tratamento e disposição final mais adequados;



- PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO DE RSU
 O processo de degradação dos compostos orgânicos e inorgânicos é um fenômeno constituído essencialmente pela superposição de mecanismos físico-químicos, catalisados pelo fator água, presente nos resíduos pela umidade inicial e pelas precipitações;

 Os elementos minerais presentes na composição dos resíduos sólidos urbanos são objeto de processos físico-químicos de dissolução;

 Além dos processos físico-químicos, podemos destacar os mecanismos biológicos de degradação dos RSU nos aterros sanitários, implementados a partir da presença de microorganismos que oxidam substratos orgânicos para suas necessidades energéticas;


Metabolismo aeróbio:
o Os microorganismos (bactérias, leveduras e fungos) se desenvolvem em presença de oxigênio;
Metabolismo anaeróbio:
o Os microorganismos (bactérias) se desenvolvem na ausência de oxigênio podendo, entretanto, ser tolerados (anaeróbios facultativos) ou não (anaeróbios estritos);

Degradação aeróbia:
Catálise

Matéria Orgânica + O2 CO2 + H2O + Energia

Enzimática

o A energia liberada é utilizada para síntese de novas células quando da multiplicação de microorganismos presentes;

Matéria Orgânica + Células Novas Células + CO2 + Energia
o Uma sucessão de reações conduzem, a partir de substratos inicialmente presentes, à liberação de uma série de metabólitos intermediários;
o Produtos intermediários do processo de degradação de RSU:



Fonte: www.finep.gov.br/Prosab/livros

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